A vontade de Donald Trump prevalece globalmente nas tarifas de exportação principalmente pela magnitude e poder econômico dos EUA, e pelo uso de instrumentos executivos que impõem tarifas unilateralmente, mesmo que isso gere tensões com outras nações.
A vontade de Donald Trump prevalece globalmente nas tarifas de exportação principalmente pela magnitude e poder econômico dos EUA, e pelo uso de instrumentos executivos que impõem tarifas unilateralmente, mesmo que isso gere tensões com outras nações.
1. Poder de barganha dos EUA
Os EUA continuam sendo o maior mercado de consumo do mundo. Na imposição de tarifas — como os impostos de até 25 % sobre produtos do México e Canadá, ou 10 % sobre os da China — Trump usa esse mercado como alavanca para forçar negociações. Países como a UE, Japão e Austrália acabaram aceitando tarifas de 15 % em troca de acesso ampliado ao mercado americano em energia e investimentos.
2. Ações executivas e rapidez
Trump emitiu ordens executivas para implementar tarifas rapidamente, sem base legislativa sólida, o que colocou limites a qualquer contestação judicial — embora tribunais já tenham barrado políticas como as tarifas “Liberation Day” por exceder autoridade legal
3. Efeitos colaterais & adaptação internacional
Mesmo que exista reação, muitos países se adaptam: exportam por vias alternativas (transshipment), reorientam cadeias de produção ou negociam isenções setoriais (como o setor de aviação) Em alguns casos, países retiram tarifas unilateralmente como sinal de livre comércio e resistência à coerção.
4. Limites da eficácia
Apesar do apelido “Tariff Man”, estudos e analistas mostram os limites reais desse poder: inflação interna, perda competitiva, expansão de produção fora dos EUA, alternativas mais eficientes na Ásia e América Latina, e enfraquecimento do sistema multilateral (WTO)
Se o BRICS estivesse em pleno desenvolvimento…
Cenário: BRICS como bloco coeso e forte
Segundo estatísticas de julho de 2025, o BRICS representa mais de 45 % do PIB global (PPP), mais de metade da população mundial, fortíssimo em energias, minerais críticos e manufatura. Se esse poder fosse plenamente institucionalizado, poderia emitir uma moeda de reserva alternativa ao dólar (como no caso do "BRICS Pay"), reduzindo o domínio monetário dos EUA, cientes, desde então, que Trump já ameaçou aplicar 100 % de tarifa a países que desafiassem o dólar.
Um bloco unificado de comércio com regras próprias e acordos internos forte diminuiria a capacidade dos EUA de impor tarifas unilaterais com impacto direto nas exportações do BRICS.
Os países poderiam responder com retaliações fortes e coordenadas, reduzindo eficácia unilateral do poder comercial dos EUA Possíveis consequências positivas e negativas
Positivo: fortalecimento de um sistema comercial multipolar e redução da dependência do dólar ou do mercado americano, com maior estabilidade e poder de negociação coletiva.
Negativo: possível escalada de fragmentação do comércio global, duplicação de tarifas, guerra comercial interblocos, e risco de recessão global caso haja rompimento de alianças multilaterais
Resumo comparativo
Perspectiva Situação Atual (Trump) BRICS plenamente desenvolvido
Poder de influência Domínio do mercado americano Maior contraponto econômico ao dólar e influência mundial
Instrumentos de pressão Tarifas executivas e ameaças financeiras Ações coordenadas, moeda alternativa, mercado interno fortalecido.
Respostas globais Retaliações setoriais isoladas, negociação individual Retaliação coletiva e negociações multilaterais com peso político.
Impacto global Inflação, fragmentação do comércio, redução de competitividade Potencial equilíbrio de poder e maior independência nas cadeias globais.
Em suma, a prevalência da vontade de Trump em relação às tarifas ocorre por conta do domínio econômico dos EUA, da legalidade e rapidez de suas decisões executivas e da dependência global do mercado americano — embora sua estratégia carregue custos para os próprios EUA e tenha limites reais. Se o BRICS se consolidasse de forma coesa e institucional, teríamos um cenário de maior contestação ao domínio americano, com riscos, mas também um passo rumo a um sistema comercial mais multipolar.
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